sábado, 15 de agosto de 2009

ME ROUBE



O que faço comigo?
Me empresto, me digo?
Se digo, nem ouço
Se me empresto, nem uso.
O que faço comigo?

Por favor alguém me roube
Antes que seja tarde, me louvem
Antes que eu me perca, me achem
Antes que amanheça, me amem

Por que sinceramente
Não sei o que faço comigo
Não sei se te quero. Te digo...
Nunca estive tão fácil. Te digo...
Como os pés sem sapato, liberto!

Não me oferece o mundo
Eu posso sumir confuso
Sou especialista em ser só
Talvez por isso te uso

Não quero te fazer sofrer
Eu quero te fazer sorrir
Por isso, me prende a você
Me prova que não preciso ir

Te digo de novo, me rouba
Pois as vezes eu sumo, eu morro
Me castiga, me açoita
Antes que seja tarde, me rouba!

Por mais que possa parecer
Que eu estou bem junto a você
Tem algo inquietante, é...
Algo inquietante em você
Porque essa espécie de dono
Você tenta ser?
Não acredite em meus sins
Não pertenço a mais ninguém
A não ser a mim.

Egoísta? É talvez!
Altruísta? É não sei!
O que eu queria mesmo
Era fugir sem ermo
Agora, sem medo
Mas eu fico em rondas
Esperando calado
Que algo aconteça
Ou que eu seja roubado

Me roube agora ou me deixe
Eu vou embora, se feixe
Não se declare pra mim, sossegue
Eu só sou de mim, se aquiete.

5 comentários:

  1. Por favor... o que eu sou?
    rá, esse autor é supimpa.

    Belas escritas!

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  2. "O que faço comigo?
    Me empresto, me digo?
    Se digo, nem ouço
    Se me empresto, nem uso.
    O que faço comigo?"
    Primeira metáfora indisvendável para mim vindo de pessoa comum, vc se garantiu, rssr

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  3. Por favor alguém me roube
    Antes que seja tarde, me louvem
    Antes que eu me perca, me achem
    Antes que amanheça, me amem

    acheii esse poema muito parecido comigo ...e quando tu for M roubar rsrsr avisa viuu.

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  4. Continua sendo uma das que mais amo e você sabe o porquê... Te amo!

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