sábado, 15 de agosto de 2009

AH PÉS...

Olhando pros pés agora
Ele esconde tanto de mim
Mesmo sendo cúmplice, sim
Não confio neles há horas

Insistem em correr pro pecado
Destorcidos, danados
Depois quem leva a culpa?
Sou eu, denominado safado

Ah pés... ainda corto vocês
Mas eu bem que sei
Deixarão testamentos, herdeiros
Os olhos lascivos, furei

Mais tranqüilo, sozinho
Sem olhos, sem pés serei
Bem melhor aleijado
Que eternamente triste
Bem melhor aquietado
Que ansioso, preocupado
Queimando por dentro, engasgado

Iludido com paixões “verdadeiras”
Em busca de descansar os pés
Parei de procurar por ouro
Aquele buscado por todos com dor
O mais desejado tesouro
O tão belo e terrível, O AMOR!

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