sábado, 15 de agosto de 2009

ESPETÁCULO



Coitados de vós, q passeiam
Que me cercam a espreita
O que pensam que sou?
Um gigante sem dono?
Ou um anão na gaveta?

Vocês tem esperança de tolo
Em achar que sou como vocês
Que se afirmam, dá pra ver no olho
Esperam o tropeço, a queda da vez

Não sou espetáculo, não sou campeonato
Não me dôo, não me vendo
Eu que vou e simplesmente faço
Sem satisfação, sem despedaço

O que querem, meu beijo?
Ou que eu desapareça sem beira?
Seria apenas curiosidade, desejo?
Não agüento mais tanta asneira

Não vou ser espetáculo certeiro
Podem deitar, esperar meses
Fiquem distraídos, furem seus olhos
Pois posso surpreender às vezes

Então se você quer meu bem
Apenas cale-se e reflita
Eu sou apenas um pobre rapaz
Em seu mundo confuso e simplista
Trancado sem chave
Em um cercado, cercado por jades

Meu mundo pequeno de canções infinitas
É ele que me dá a certeza daquela coisa incerta sentida
De que muito do que aprendi e sei nestes tempos
É apenas um gota serena dos grandes amores da vida

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