sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SEM TÍTULO

É em infinitas noites sozinho
Que reconheço a carência, o vazio
Ficar assim doe tanto
Mesmo com tanta gente, por quê?

É como se fosse insaciável
E em minhas rotinas
Como se um rastro de choro
Fosse companhia até a esquina

Vívido em luz, luzes sombrias
Elas só iluminam minha desgraça
E agora, ela não precisa ser descoberta
Não precisam saber o que se passa

Se sozinho sofro assim, é por que
Quando me olho no espelho só vejo a mim
E é justamente eu, que mais me dá medo
É justamente nessa imagem que enxergo
Uma vida curta, um fim.

Talvez a demora em aparecer o sol
Para que eu possa ir me deitar
É o que mais me cansa
Enquanto for noite eu não dormirei
Eu simplesmente correrei e correrei
Em busca do quê, é que não sei
Talvez de uma paz que nunca terei
Por que sempre serei atormentado
Pelo pior dos fantasmas
O meu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário