sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A FINITUDE DE UMA FLOR SOZINHA


Ela era uma flor
Pobre flor de encantos
Mas de repente aos prantos
Encontrou uma dor

Onde estava seu lenço?
Só pensou, em silêncio
A única lembrança, penso
De um antigo amor

Caminhou pelos lados
Sucumbiu seu cansaço
Com um grito engasgado
Outra lágrima rolou

O que na verdade atingia
Essa flor em sua estrada
É que antes ela tinha um guia
O tal lenço, seu mapa

Com tamanha tristeza
O que esta flor faria?
Talvez andasse pra sempre
Procurando alegria

Nada disso ela fez, nem muito menos faria
Ela apenas lançou-se em um lago sombrio
E seu olho atou-se, talvez com cenas felizes
Para que a tristeza aos poucos se fosse, sumisse

Que segredo se escondia
Por detrás de tal lenço
Ninguém nunca sabia,
Mas agora no vento
Todo ar de lamento
Em seu pequeno rosto
Desaparecia.

Sem adeus, sem partida
A flor sozinha sumia
Simplesmente afundava
Em sua finitude, morria...

Um comentário:

  1. muito lindos seus poemas ali, quer dizer que meu amigo é um poeta, beijosss

    ResponderExcluir