sábado, 15 de agosto de 2009

ANALOGIA DE ESTADOS

Movido a dores?
Movido a amores?
Empurrado pela sorte
Ao penhasco da morte?

Pra que falar de amor?
A paixão vai tão bem
O desejo na carne
A alma desvairada
Sumida nas madrugas
Oh alma iludida
Será que procuras meu coração?
Será que não sabe que o amor
É uma doce ilusão?

Será egoísmo me privar dessa forma?
E se existe alguém sofrendo por mim agora?
Mas e a dor de estar perto?
Não sou do todo, não sou do grupo.
Se desejo vivo, se amo sofro
Se desejo fico, se amo fujo
Tristeza, felicidade, e...

Talvez não se entenda
Talvez nem queira
Ninguém precisa
Basta a cegueira
De decisões indecisas

Analogia de estados
Estados de sentidos
Sentindo os trapos
Ao sentir a vida
Seu trapo, minha vida?
Nada sua, nem tão pouco minha.

Caminhando por vias
Estranhas, alheias
Em minha própria mente
Dentro das veias
Será que é de gente
Essa forte candeia?
Que de forma atrevida
Arrebata minha vida
Estraçalha seguranças
Estupra meus laços
Deixa-me insano
Desvirtuando meus passos

E aquelas perguntas?
Movido? NÃO!
São tantas perguntas...
Só não me peça respostas. NÃO!
Não sou racional
Talvez saiba quem sou
Por analogias e poemas
Crônicas e dilemas

Como um sujo jornal
Que de velho rasgou
Foi jogado no lixo
E o farelo voou
Na verdade não sei quem sou
Sensível demais?
Uma mulher que gosta de mulheres!
Posso ser o que queres...
Porém, você nunca será
O que preencherá meu viver
O que me faz respirar

Só uma coisa me excita
E aquece meu coração
Nas madrugadas frias
SOLIDÃO!

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