sábado, 26 de dezembro de 2009

O MONTE



Calei-me para ouvir o silêncio
Bateu-me um desespero no começo
Mas logo depois me olho e penso
Não há o que temer, não há tropeço

Não há nada que possam me acusar
Pois de nada me escondo por ai
Calei-me apenas para ouvi-lo falar
Mas o silêncio insiste em insistir

Então deixa que eu suba no monte
Pelo menos hoje quero subir sozinho
Por que eu preciso me sentir forte
Por hoje, não me ofereça carinho

Pode me ver de longe
Sumindo à meia noite
Não pegue o relógio e conte
Não marque a estadia no monte
Não me espere por hoje
Não confunda meu nome
Só me deixe reviver uns momentos
Onde eu era suficiente
E não existia voz de lamentos

O candeeiro vai me guiar
Estou por ir, mas vou voltar
Amanhã tô aqui, tranqüilize
Vou lá para apenas pensar...

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