domingo, 15 de novembro de 2009

MINHAS MÃOS




Minhas mãos estão estranhas
Não detêm o que mais querem
Meio limpas, muito secas
Com saudades, nem conseguem
Tudo aquilo por que buscam
E que longe lhes parece
Mas nem querendo se cansam
De pegar o que oferecem

Eu queria era sujá-las
No seu corpo mais suado
Dedilhá-lo, percorrê-lo
Arranhá-lo, conhecê-lo

Como sei que está difícil
Em meus bolsos eu as guardo
Talvez você sinta falta
Como eu, do seu afago

Veja bem, isso é maldade
Não mutile, não as corte
Eu te peço, não maltrate
Mesmo que não se importe

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