sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SEM TÍTULO VII

Olha eu ali, nunca me vi destes ângulos
Nunca me escondi dessa forma
Nunca evitei tais Triângulos
Mas talvez só assim haja norma

Eu e o caleidoscópio
Eu sou ele em minhas noites
Rondo o quarto e nem noto
Quando vejo to de um lado
Quando apago, me sufoco

Chega de andar, pare agora um instante
Bebe um gole e não respira
Não trabalhe hoje, apague a luz, avante
Durma e esqueça tudo, pira, pira...
Soca tua cara, vai, sugira
Sugira algo mais legal, pira, pira...

Deixa-me, não me obedeça
Seja rebelde, pelo menos hoje
Odeia-me, por favor, me odeia
Contradiga-me, esperneia
Não se conforme, não fica alheia
Não durma por essa noite, pira, pira...
Soca minha cara, vai, atira
Atira no meu peito, me vira, vira...
Vira tudo ao avesso, ao contrário
Por que eu nem sou um marionete
Nem você o meu chocalho

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