quarta-feira, 2 de setembro de 2009

AQUELA MÚSICA




Engraçado como tudo funciona agora
Como uma brisa boa, que não vai embora
Toca meu rosto, me desvia o passo
Me empurra, me joga, me lança um laço

Incrível ouvir esse verso agora
Você realmente me envolveu
É justamente, nessa hora, no agora
Quando meus olhos vêem os teus

Como você pode ser tão perfeita?
Transformando meus sonhos em pulsação
Me deixando com uma maior certeza
A quem pode pertencer meu coração

Nossa, essa música, nossa música
Bagunça tudo, violenta a noção
Traz de volta o sonho, lateja
Quando ela toca cria o clima, a junção
E quando você me toca, hummm
É como se eu fosse dado de bandeja

Agora te olhando, depois dessas noites
É como se tudo fosse realmente possível
Agora poderia ser espancado em açoites
Nada me tragaria, a alegria, o exaltar
Da possibilidade de devanear
Com um novo encontro, um apropriação, um capturar

O silêncio agora fala tanto por nós
Ta vendo esse caos? Ele lembra você
Toda misturada, estranha, complicada
Mas incrívelmente pele, doce, leve
Você é a sede, a fome, a agressividade
Agora sei, você é meu instinto mais primitivo
Meu desejo mais poderoso,
Meu sonho mais insano, aquele doce, sabe?
Mais saboroso.

La vem essa música de novo
Não consigo parar de ouvir
Ela me despedaça em choro
Naquela parte específica, depois do coro
Quando queimamos em uma dança flutuante
Que nos move na contramão
E voamos em passos sincrônicos, sem direção
Sobre umas nuvens vermelhas que com esforço
Juntamos aos poucos com aquelas sacolas de mão

Lembra a gente correndo e pulando?
Atrás de capturar as nuvens?
Todos nos chamavam de loucos
Achando que não fosse possível
Capturar nuvem aos poucos
Ai lembro de novo da música
Por causa das benditas nuvens
Quem diria conseguimos tanto
Um numero expressivo ao ponto
De serem as testemunhas, as telhas
De momentos íntimos de constranger
De deixar as nuvens vermelhas
De vergonha por não poder
Viver a paixão com aquele ardor
Nem poder comer do fruto mais tentador
Do doce mais doce, o prazer

Me toca de novo então
Por favor me faz ser invisível
Suplantado, arrebatado, dilacerado
Pelo teu calor, tua força, teu braço
Me entorpece por favor
Me rouba, me perverte
Não deixa sobras, vai mais avante
Ri de novo envergonhada
Implorando um beijo, minha amada

Hoje eu digo aleluia!
Comprei até um abajur
Para pintar você a noite
Pois se algum dia tiver de partir
Te deterei em mãos e nos ouvidos
Pois eu pintei você em mim
E sempre que as nuvens vermelhas
Me lembrarem a dança fervente
Ao som da música, nossa canção
Que embalou por tanto tempo a gente
E nos uniu pra sempre
Mesmo que separados, mas unidos
Em um só coração
eu saberei e ainda crerei
Que o amor não é perfeito
Mas você é, é a perfeição.

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