quinta-feira, 24 de novembro de 2011

[...] 7



Chega de lamento, pelo menos por hoje
Quero acreditar em contos de fadas,
E desejar a sorte de um amor tranqüilo
Que cuide da minha oferta viva
E cure a dor do amor antigo...

LEMBRA DAS ASAS?




Lembra das asas?
Discutimos muito sobre elas
E só agora tenho percebido
Que elas sempre existiram
Só não as via como empecilho

Você talvez tivesse mesmo razão
Em alguns momentos que murmurou,
Mas olhando bem pra minha mão
Eu não encontro o sangue que jorrou
Do teu coração supostamente ferido

Eu as tenho usado de forma imprudente
Tanto que hoje me encontro doente
E sabe por que sei disso?

Porque as seqüelas que você deixou
Obrigam-me a voar tão longe
Na ilusão...
De que suas imagens
Sumirão...
Eu encontro semblantes
Em cada nova viagem
Que me questionam recorrentes
“Onde colocaste a coragem?”

E eu só vejo insistentemente
Minha limitação e fraqueza
Choro de tristeza em reconhecer,
Aí passo ao ato e corto as asas
Que um dia você tentou fazer.


[Choro]

AO SOM DE "VAMBORA"



Há muito tempo não escrevia assim
Com volúpia e paixão intensa
E o que eu grito nas palavras
Escorre da minha pele tensa
Misto de verdade. Suor onde...
É simbolizado o sentido
Que meu corpo responde
Quando me lembro dos beijos.

ONDE ESTÁ?




Hoje amanheci com uma enorme saudade
As lembranças não foram nada piedosas
E eu percebi que mesmo com o coração marcado
Ainda escuto nas batidas silenciosas,
O teu nome...

Eu realmente estou perdido nesta ferida
E ainda ecoam em minha mente tuas verdades
Não sei mais onde procurar a alegria perdida
Não sei mais onde está o desejo de eternidade

CASULO




Como seria a vida dentro de um casulo?
Escuro...
Por um lado talvez fosse obscura
Mas por outro ela seria segura...

Os olhos estariam protegidos do desejo
E a motivação da vida seria sobreviver

Viver implica desejo, e desejo é querer

Querer o que nem sempre pode ser seu
E por mais que em algum momento
Você consiga aquilo que sempre quis ter
Descobrirás com voz de lamento
Que não existe eternidade nos corações
Que o “pra sempre”, sempre acaba!
Como sempre falam nas canções.

A ARTE, A MÚSICA E O CINEMA


Podem me chamar de louco
Pois eu sei que foi por pouco
Que encontrei por pura sorte
A arte, a música e o cinema
Que me livram todos os dias
Dos braços sedutores da Morte...

RIO



Ah Rio! Só em ouvir teu nome
Eliciam-se sensações em mim
Como se a nossa verdade,
O romance e a distância
Florescesse na pele a saudade

E apesar dos últimos momentos contigo
Terem sido tão tristes e chorosos
Eu fico com um misto de sentimentos
Que não são em nada, piedosos

Talvez eu precise de um tempo só nosso
Nos últimos encontros te dividi demais
E só eu sei,
Que cada suspiro que dei
Nas calçadas do Leblon, me faz
Sentir ainda mais vontade de estar
Deleitado nos teus braços sedutores

Quero-te mais, talvez uma temporada inteira
Ou pelo menos uma falsa brincadeira
De me fazer presente,
Nem que seja em mente
Naqueles arcos boêmios da Lapa.

SER SÓ





Sabe qual é a pior parte de ser só?
É a ânsia de choro que você sente
Quando quer ser junto e por defesa
Não permite que seu coração sorria
Porque a ferida que o amor deixou
Cresceu e engoliu a alegria
Da possibilidade de Felicidade
Mesmo que esta fosse tardia...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

RESQUÍCIOS DE ALGUÉM





Você consegue me surpreender com um sorriso
Quando repentinamente, sem eu esperar muito
Olho nos teus olhos e eles brilham aflitos
Por afago e carinho...

Logo eu que sou tão cuidador, meu bem
Se são beijos doces e carinho o que queres
Achaste os resquícios de alguém...

Que te quer!

SUSPIRO

É um misto de incerteza e desejo de eternidade
Pode ser fraqueza, pode ser apenas saudade
Mas tô aprendendo a ser HOJE, de verdade...

APRENDEU NOS FILMES


Garoto, quando você me olha assim
Como se tivesse aprendido nos filmes
Uma chama acende e é vermelha
Nessas horas, se dependesse de mim
Levava você para um lugar discreto
E te encheria de afeto
Até novo dia chegar...

SOZINHOS



Depois de tantas insistências, tantas incidências
Eu só queria que você não me ligasse mais
Eu fico tão fragilizado, cheio de engasgos
E eu desconfio onde isso tudo vai parar

Mas eu sei que faz parte esse momento
Onde nem eu, nem você estamos tão bem
Mas iremos nos acostumar, eu sei que sim
E encontraremos novos abraços no vento

O melhor para nós é a felicidade
E já tem um tempinho que ela se foi
É a hora de cada um seguir em achá-la
Agora sozinhos, vagando, pela cidade...