domingo, 4 de julho de 2010

DIÁLOGO I: MEU NOME É SILÊNCIO!

- Meu nome é Silêncio. E o seu?
- Meu nome é Conversa. E agora?
- Será que dá pra juntar?
- Claro que dá!
- E como fazemos?
- Você fica responsável por falar!
- Como assim?
- Você vai falar tudo o que sentir em seu coração. Para que estejamos juntos, você terá que mudar de nome, seu nome agora será Sinceridade.
- E você, o que fará?
- Continuarei sendo a Conversa. Quando você chegar com sua sinceridade e falar, eu te chamarei para uma conversa séria, e tudo se resolverá.
- Mas e se eu só conseguir ser Silêncio? Já aprendi em toda a vida a engolir choro e morrer por dentro.
- Se quiser, vai ter que ser assim, ou nada feito!
- Pois você mudará de nome também. Proponho-lhe um novo nome.
- Qual seria?
- Compreensão!
- E o que eu teria que fazer?
- Entender que às vezes minha Sinceridade se expressará em um simples calar.
- Poderei ser Compreensão. Mas no dia que sua expressão for o Silêncio, terei que lhe chamar para uma Conversa séria.
- Ok! É por isso que eu te amo!
- Eu também, meu amor!




Podemos tentar ser um ideal, mas o amor só prevalecerá, no momento em que um aprender a conviver com a diferença do outro.

sábado, 3 de julho de 2010

GARAGEM DO MEU CORAÇÃO



Pode até parecer bobagem
Mas a garagem do meu coração
Está toda suja, empoeirada
Por eu esquecê-la de repente
Depois da sua brusca chegada

Não ligo mais pra ferrugem
Nem limpo mais o carpete
Mesmo que algo novo agregue
Na velha e suja garagem
Aos poucos tudo se perde

Você deveria no mínimo considerar
Que já que eu te dei esse vão
Se você não vier limpar e ficar
Vai continuar por aqui abandonado
E pode vir outro alguém sem lugar
Disposto a morar e eu decida deixar