sexta-feira, 2 de abril de 2010

POR FAVOR!



Não sei bem como expor isso
Mas eu te peço não assine
Esse sentimento me oprime
Pois te amar é meu ofício

Eu fico ferido por mim mesmo
Eu me afogo na minha desgraça
Contamino-me com a transparência
Dessa máscara velha, carcaça

To ficando fraco a cada queda
E aos poucos surto com o desprezo
Eu queria poder ser só orgulho
Pra ver se diminuía esse peso

Eu queria ser mais perfeito
Essa humanidade me enclausura
E se você por a mão no meu peito
Vai ver como é grande a fissura

Ferindo você na verdade me firo
A verdade do que sou desaparece
Por que quem mais amo chora
É nessa hora que sei fazer prece

Eu me aproximo do inferno
Quando me olho por dentro
Cada tijolo do castelo ruído
Em minhas costas doendo
Faz-me soltar um alto gemido

Você me dá um revolver sem gatilho
Covardia pra quem não quer sofrer
Se queria tanto me por de castigo
Conseguiu quando me impediu de você

Quando te olho me rastejo
E tenho certeza que neste dia
Sou um verme esquecido na pia
Sobre o resto de carne podre

Mas escuta um pedido meu
Não me nega o teu olhar
Não me doa o silêncio
Não me priva de ser teu
Mesmo que você não se doe
Deixa-me ser cativo teu
Deixa q tu seja o alvo
De tudo que construí em sonhos

Pode escolher não me amar
Mas me diz um bom dia
Dá-me tchau a meia noite
Deixa-se ser minha utopia

Por favor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário