domingo, 11 de abril de 2010

ALMAS SOLITÁRIAS



Eu quero contar uma história pra vocês
De uma menina que carregava o coração
Em prateleiras a vista de qualquer freguês
Ou na mão de quem lhe desce uma canção

Na verdade todo o sentido de amar
Por tantos, falado e engrandecido
Não tinha para ela importância lá
E às vezes já tinha até esquecido
De que existia alguém a lhe esperar

Essa menina é representante
De muitas almas solitárias
Que desacreditadas do amor
E bem diferente das restantes
Resguardam-se em viver sozinhas
E percebemos sua carência gritante
Mas sustentam o discurso de alegria
Por dentro é tristeza e choro
Por fora bradam: sorria sorria!

Ainda mudarão de idéia um dia
Quando perceberem que amar
É mais que está junto de alguém
É viver sem medo de se enganar

É ter o prazer de ter um coração em mãos
E cuidar dele tendo a certeza que o seu
Não vai está em quaisquer prateleiras
Nem espalhado pelas ruas, no chão
Nem com qualquer galanteador
Que lhe oferecer uma canção
Mas com alguém que usurpe tua dor
Com aquele que só quer ver o teu bem
E prossegue acreditando no amor

Nenhum comentário:

Postar um comentário