segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LEI!


VOLTA logo, vem...
Meu cobertor, eiii...
Congelando, frio, frio...
Congelando, Conge...
LEI!

DIAS?


Dias? Não, noites frias!
Frias, frias, frias...
Cadê meu cobertor?
Muito frio, sinto dor

Meus ossos quebram
Gemem, se retorcem
To curvado, me pesam
Escondo antes que peçam

Não vê minha mão
Já por que a privo,
Coma meu coração
Devore logo isso

Só vê meus pés
Por que os pus no mar
Justamente para salientar
Que querem descansar

Cansei do dia
Quero noites
Noites frias, frias
Mas dói, frias, frias...

NOITES!


Vento, vento, ventania
Sopro sopra esses dias
Frio, tão frio que dói
O gelo por dentro corroe

Mas quem pode ouvir?
Ninguém! Mas ainda assim
Mesmo eu disfarçando
Percebem diferença em mim

Eu só quero um cobertor
Vou ver se por esses dias
Me recosto, sem ventilador
Pra amenizar noites frias

Noites grandes, intermináveis,
Tudo escuro na rua agora
Essas madrugadas insaciáveis
Me deixam perdido por horas

Talvez eles passem bem lentos
E a espera por ver o amanhecer?
Só por que já não mais agüento
Parece até que não vai acontecer

Então só me resta escrever
Amanhã me perco por ai
Eu fico por aqui, vou beber
Ou vou ao cinema me distrair

Não pense que to sozinho
Você ta mais em mim que eu
Mas sinto falta do carinho
Mesmo distante, sou seu!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ANJO


Anjo, tu és divino e gracioso
Tem um mel que escorre da boca
E um veneno que me mata de amor

Anelo por tê-lo,
Pois tua companhia me seduz
Com a tua majestosa beleza

Entre tantos anjos no céu
Logo tu caíste em meus braços
E agora o que faço?

Eu respondo para mim
Vou tomar todo esse mel,
Vou provar do teu veneno
E se por ventura eu morrer de amor
Que não me enterrem
Deixe apenas que me consuma
Todo o ardor do seu querer
Que de longe é como pluma
Nada pesa, só me enche de prazer

Anjo me seqüestra
Anjo me desperta
Anjo e se for um sonho?
Anjo não me acorda
Anjo, não me liberta.

ENAMORADOS


O que é minha vida hoje, se não a ânsia por batalhar para realizar sonhos ao seu lado?
De intentos mil, o maior deles é que vivamos para sempre enamorados.
Mas se a batalha começou agora e ainda depende do nosso próprio cuidado
Só há uma certeza que me tranqüiliza, tira o temor e me deixa mais apaixonado,
É a certeza de que realmente existe o amor e que o nosso viverá e não será abalado

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SEM TÍTULO V

Eu acho que tô confuso
O que eu ainda posso fazer?
Se tudo que quero, uso
O que mais falta pra dizer?

Eu apenas amo demais
E não exijo que me entenda
Mas alguma palavra sagaz
As vezes nem forçando me entra

É nisso que dá eu não ser mais meu
Pode até me chamar de hipócrita
Mas dizer que meu amor é uma icógnita
É duvidar do que a muito tempo é seu

Calar ou dizer?
Sei lá, pra que saber?
Prefiro apenas esquecer
Para que de alguma forma
da mais complexa ou simplória
eu nunca consiga, nem que eu tente,
desistir de você.

domingo, 20 de setembro de 2009

MEDO

Frágil como o cristal
Do encanto ao sim
De todas as outras em mim
Essa foi em espiral

O medo que houve
Era algo destonante
E foi de montante
Que nada ali mais coube

Talvez a noite passou
Foi rápida, metade
Mas pra falar a verdade
Na minha mente nada calou

Eu até me culpei
Sei lá, violência minha
Ou cuidado demais
mesmo assim machuquei

Me perdoe se sumi por hoje
Foi apenas defesa boba
Para não te machucar de novo
E não precisar mais ferir tua boca

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O NOSSO AMOR


Me olha bem, encara minha boca
Consegue ver a secura por beijos?
Se toca então da loucura mais louca
Não posso mais controlar meus desejos

Não é por nada, mas ta bem complicado
De segurar meu instinto mais forte
Pois basta apenas estar ao teu lado
Que já começo a perder o meu norte

Eu e você somos chamas de fogo
Daquelas bem grandes, bem quentes
Que transformam ferro em ouro
“Quintura” de ranger os dentes

A culpa é sua que me toca assim
Pois é nesse toque que me perverto
Me assusto pois me perco de mim
E é difícil de me achar desse jeito
Se toda vez que me olhas de lado
Já me arrebata e no teu colo me deito
Percebe agora por que eu fico calado?
É só pra não gritar que preciso de beijo

Então beija minha nuca, puxa meu cabelo
Chupa minha língua, Morde minha boca
Deixa eu te por nos braços com o maior zelo
Geme e grita bem alto até você ficar rouca

Por que eu quero te ter, te engolir, devorar
Te despir dos segredos dos teus segredos
Te trazer a felicidade e poder te amar
Da forma mais bela e bem longe dos medos

Se mais uma semana eu tiver de esperar
Não fico sem plano, nem você fica sozinha
Nem se preocupe eu vou no seu trabalho implorar
Para que te demitam e você possa ser minha

Somos um, e eu te amo neném
Tenha certeza, você fez tudo certo, me ganhou
Pois o tempo preciso eu te espero, meu bem
E juntos construiremos o mais perfeito amor
O nosso amor!

sábado, 12 de setembro de 2009

SEM TÍTULO IV

Tem alguma coisa estranha no meu coração
O que é? Sei lá, não tenho ideia, nem direção
Ás vezes ele tem mania de doer, de gritar
E eu tentando lhe deter, lhe calar

Eu prefiro ele feliz, ele explode, sorrir
Mas quando ele tá estranho assim, nem sei
Só quer chorar e ouvir "Pra você eu guardei"
Numa mesma canção, a noite toda com Gal?
Ele não tá muito bem, isso deve ser um sinal

SEM TÍTULO III

Ah não, não vem com essa
Tô descrente de conversa
Nem prometa se não pode
Não simule, só confessa

Tudo bem se há motivos
Eu entendo com certeza
Só não responsabilize
Quem pra ti tem gentileza

Eu te amo, eu te espero
Eu engulo o necessário
Mas não me atiça que eu to quieto
O que eu queria era te dar
O mais perfeito aniversário

sábado, 5 de setembro de 2009

SE AFOGUE

Mergulha ali, acolar
Mergulha aqui, devagar
Afundi agora bem aqui
Se afogue em mim sem parar

Aos poucos vá, indecisa
Fique sem ar, mas consiga
Não pense nada, só morra
Se afogue em mim, prossiga.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

AQUELA MÚSICA




Engraçado como tudo funciona agora
Como uma brisa boa, que não vai embora
Toca meu rosto, me desvia o passo
Me empurra, me joga, me lança um laço

Incrível ouvir esse verso agora
Você realmente me envolveu
É justamente, nessa hora, no agora
Quando meus olhos vêem os teus

Como você pode ser tão perfeita?
Transformando meus sonhos em pulsação
Me deixando com uma maior certeza
A quem pode pertencer meu coração

Nossa, essa música, nossa música
Bagunça tudo, violenta a noção
Traz de volta o sonho, lateja
Quando ela toca cria o clima, a junção
E quando você me toca, hummm
É como se eu fosse dado de bandeja

Agora te olhando, depois dessas noites
É como se tudo fosse realmente possível
Agora poderia ser espancado em açoites
Nada me tragaria, a alegria, o exaltar
Da possibilidade de devanear
Com um novo encontro, um apropriação, um capturar

O silêncio agora fala tanto por nós
Ta vendo esse caos? Ele lembra você
Toda misturada, estranha, complicada
Mas incrívelmente pele, doce, leve
Você é a sede, a fome, a agressividade
Agora sei, você é meu instinto mais primitivo
Meu desejo mais poderoso,
Meu sonho mais insano, aquele doce, sabe?
Mais saboroso.

La vem essa música de novo
Não consigo parar de ouvir
Ela me despedaça em choro
Naquela parte específica, depois do coro
Quando queimamos em uma dança flutuante
Que nos move na contramão
E voamos em passos sincrônicos, sem direção
Sobre umas nuvens vermelhas que com esforço
Juntamos aos poucos com aquelas sacolas de mão

Lembra a gente correndo e pulando?
Atrás de capturar as nuvens?
Todos nos chamavam de loucos
Achando que não fosse possível
Capturar nuvem aos poucos
Ai lembro de novo da música
Por causa das benditas nuvens
Quem diria conseguimos tanto
Um numero expressivo ao ponto
De serem as testemunhas, as telhas
De momentos íntimos de constranger
De deixar as nuvens vermelhas
De vergonha por não poder
Viver a paixão com aquele ardor
Nem poder comer do fruto mais tentador
Do doce mais doce, o prazer

Me toca de novo então
Por favor me faz ser invisível
Suplantado, arrebatado, dilacerado
Pelo teu calor, tua força, teu braço
Me entorpece por favor
Me rouba, me perverte
Não deixa sobras, vai mais avante
Ri de novo envergonhada
Implorando um beijo, minha amada

Hoje eu digo aleluia!
Comprei até um abajur
Para pintar você a noite
Pois se algum dia tiver de partir
Te deterei em mãos e nos ouvidos
Pois eu pintei você em mim
E sempre que as nuvens vermelhas
Me lembrarem a dança fervente
Ao som da música, nossa canção
Que embalou por tanto tempo a gente
E nos uniu pra sempre
Mesmo que separados, mas unidos
Em um só coração
eu saberei e ainda crerei
Que o amor não é perfeito
Mas você é, é a perfeição.