sexta-feira, 30 de outubro de 2009

... [2]

De mim só tenha certezas meu bem
O que falo pra ti é sincero demais
Acredite, por mim te amarei para além
Pois de ti não quero separar-me jamais

Coitados dos que pensam que ainda podem me ter
Só se iludem, pois minha história já traçada está
Não proíbo, podem até me tentar, me querer
Só não vão conseguir do meu bem me arrancar

MALA ESCURA




Se eu me trancasse em uma mala preta?
E me abandonasse em um bairro qualquer?
Talvez não ficasse nessa dúvida constante
De saber se você realmente me quer

Por que eu sozinho nessa mala escura
Provavelmente morreria por lá
E não sofreria pensando tanto em você
Que me nega às vezes a chance de amar

Sim, pois se fosse pra amar outro alguém
De que valeria o esforço em te ter
Enfrentar todos os medos e prosseguir
Dizer não pra mim mesmo e saber
Que quem eu mais quero desconfia
Que posso um dia de suas mãos escorrer?

Se for pra escorrer e cair noutras mãos
Deixe-me aqui nessa mala quieto
Prefiro ser só meu e não ter que sofrer
Do quê ser de outro alguém que não seja você

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DEPOIS DE TER VOCÊ




Depois de sentir seu cheiro
Depois de te ter tão bem
Depois de beijar teu beijo
Posso até me perder, porém,
É mais fácil eu me achar aqui
E organizar toda a bagunça em mim
Dou um jeito de te pegar, querer
Pois se você se aproxima assim
Só me resta algo a fazer
Pode usar, abusar, consumir
Se doar, Se entregar, pra me ter
Basta apenas me olhar que eu vou
E me entrego totalmente a você


Por que neném,,, "Depois de ter você pra quê querer saber que horas são? Se é noite ou faz calor, se estamos no verão, se o sol virá ou não, ou pra que é que serve uma canção como esta? Depois de ter você, poetas para quê? Os deuses, as dúvidas, pra quê amendoeiras pelas ruas? Para quê servem as ruas depois de ter você?"

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SEM TÍTULO VII

Olha eu ali, nunca me vi destes ângulos
Nunca me escondi dessa forma
Nunca evitei tais Triângulos
Mas talvez só assim haja norma

Eu e o caleidoscópio
Eu sou ele em minhas noites
Rondo o quarto e nem noto
Quando vejo to de um lado
Quando apago, me sufoco

Chega de andar, pare agora um instante
Bebe um gole e não respira
Não trabalhe hoje, apague a luz, avante
Durma e esqueça tudo, pira, pira...
Soca tua cara, vai, sugira
Sugira algo mais legal, pira, pira...

Deixa-me, não me obedeça
Seja rebelde, pelo menos hoje
Odeia-me, por favor, me odeia
Contradiga-me, esperneia
Não se conforme, não fica alheia
Não durma por essa noite, pira, pira...
Soca minha cara, vai, atira
Atira no meu peito, me vira, vira...
Vira tudo ao avesso, ao contrário
Por que eu nem sou um marionete
Nem você o meu chocalho

SEM TÍTULO VI

Eu vou correr muito, tanto que vou cansar
Talvez eu tropece nas pedras e me lance no mar
Qualquer corte profundo não se espante em ver
Talvez seja eu mesmo quem fez, nem foi você

Mas eu odeio ter que correr, desembestar
Mas o que posso fazer? Passar a noite acordado e chorar?
Às vezes cansa a vista, me deixa de olhos inchados
E eu odeio parecer fraco, odeio chorar por alguém
Até por que eu sei que nunca fui tão importante pra ninguém
Ou talvez só existiu um alguém que me zelou assim
Realmente só uma pessoa pode ter virado noites por mim
E talvez ainda vire e eu nem ligue mais pra ela
Nem quero me arrepender, só quero me sentir bem
Pelo menos hoje não vou vigiar teu sono, nem!
Vou ficar aqui feito tolo, me desgastando, sem... nada... sem... você... sem... ninguém!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

CORTE-ME



Corte-me agora
Mutile meu pulso
Vem, me devora
Ou me deixe avulso

Deixa o vermelho escorrer
Deixa a noite espantar
Todo fantasma a vagar
Sem que eu precise correr

Que um mapa seja feito
E o vermelho não se apague
E que qualquer dor no meu peito
A nenhuma outra se iguale
Pois eu quero ter uma dor
Única em seus efeitos
Para que me marque como for
O corte e onde seja eleito

Escolhe o lugar então
Elege onde quer cortar
Corta na minha mão
Corta o meu calcanhar

Sou Aquiles, sou Aquiles, Sou Aquiles...

PARA OS AMIGOS QUE ME AMAM DE VERDADE,


Registrei em pedregulhos

Alguns nomes que são meus

Em uma forma de pedido

Nunca me digam adeus

Os preservo escondidos

Se assim preciso for

Pois de todos os amigos

Só alguns me têm amor




Para os amigos que me amam de verdade,
As peças que fundamentam meu caminhar.
Amo vocês!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O ABRAÇO



O MSN às vezes é cupido
Apresentou-me um alguém
E bastou apenas um sim
Pr'eu começar a chamar de neném

De alguma forma você me teve
E olha que nunca me dou
Talvez ao morder o "Tablito"
Ou quando simplesmente me olhou

Mas interessante foi o abraço
No amanhecer daquele dia
Nem mesmo todo o cansaço
Livrou-me da confusão tardia

Nem vou falar mais nada
Você já sabe tanto de mim
Espero de nada sintir falta
Vou apenas me jogar em ti

Apenas me leva
Ou então me dá você
Que eu te levo pra um ninho
E faço-te apenas querer
Estar nos meus braços
Recebendo carinho,
Muito carinho...

DISTRAÍDO

Meu papel de escritos perdido
Quem poderá achar e achar bonito?
Eu o perdi de propósito
Só pra ver se alguém entende o conflito
Pois se quem achar o papel me conhecer
E for um bom decifrador de metáfora
Vai bem depressa logo logo entender
Que estou perdido e não é de agora

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CAVERNA ESCURA


Aquele brilho lá no fim
No fim dessa caverna escura
Ta piscando o olho pra mim
Enquanto esse espinho me fura

E é por que de tanto que fiz
Tentando proteger meu caminhar
Circundei até o caminho com giz
Para de forma alguma machucar

Mas é só entrar nesse espaço
Que essas trevas me assustam
E eu me lanço em seus braços
E de alguma forma sou curado

O escuro chega sempre
Numa hora ele invade
Mas se seu sussurro quente
Estiver no meu ouvido atento
Por mais que a ânsia aumente
Eu sei que o medo adendo
Passará despercebido,
Repentinamente.